Desde o início dos anos 2010, os livros digitais passaram a fazer parte da cultura do leitor brasileiro. Era o início de uma nova forma de consumir livros; ter a opção de não mais virar páginas uma após a outra sentindo a maciez da folha, mas tocar numa tela em um leitor eletrônico com o poder de armazenar milhões de livros.

Essa mudança, contudo, torceu o nariz dos amantes do livro físico e, até meados da década passada, os livros digitais significavam menos de 1% do faturamento das editoras.  Mas a situação está mudando. Nos últimos três anos, o consumo de livros digitais (tanto ebooks quanto audiolivros) registrou um crescimento de 140%, ultrapassando a marca de 100 milhões de reais para as editoras. Esses dados são da pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, divulgada em agosto de 2020 e produzida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), mais a consultoria Nielsen Book.

Mercado em alta mesmo antes da pandemia

Importante destacar que esse crescimento ocorreu antes da pandemia. No momento atual do país, com a crise de grandes redes de livraria e as restrições de isolamento, segundo a consultoria Nielsen em parceria com o SNEL, é possível dizer que houve um crescimento do mercado editorial. Os dados mostram que, entre maio e junho, o setor livreiro teve faturamento de R$ 109 milhões e um crescimento de 31% em relação ao mês anterior.

Não há um número exato sobre a participação dos ebooks nessa receita, mas para se ter uma ideia, a distribuidora de livros digitais Bookwire registrou nos dois primeiros meses da quarentena a venda de 09 milhões de exemplares de livros digitais, o que representa 70% do volume do ano inteiro de 2019. No mundo, segundo a consultoria alemã Statista, com o novo Coronavírus e as pessoas deixando de ir às livrarias, o mercado global de ebooks deve crescer 12,4% em relação a 2019, por volta de 16 bilhões de dólares.

Além do comércio de livros físicos fechados, o outro motivo que impulsiona o mercado de ebooks é a rapidez e facilidade para se adquirir um exemplar digital. Com poucos cliques, o usuário já compra e na mesma hora recebe o livro no próprio leitor digital. Ebooks também já são uma tendência entre autores, principalmente independentes, sendo comum publicarem primeiro de forma digital, depois a física (por vezes recorrendo às campanhas de financiamento coletivo).

Vamos publicar o seu?

Leitura é hábito, dizem os educadores. Assim, tanto os leitores estão mais familiarizados com as conveniências de um leitor digital, como os autores recorrem aos ebooks para começarem ou edificarem a própria carreira.

Portanto, se você tem um original e quer tirá-lo da gaveta, publicar digitalmente é uma ótima opção e o Álbum de Memórias pode te ajudar.

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– Revisão de texto

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– Publicação do ebook

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