Como escrever um Livro de Memórias?

Como escrever um Livro de Memórias?

Escrever um livro de memórias pode, à primeira vista, parecer um projeto simples. Algo como “ah, basta eu compilar minhas lembranças mais significativas e escrever sobre elas”. Contudo, o ato de rememorar e traduzir as vivências e sensações em palavras, traçando esta conexão com o próprio passado, exige dedicação e conhecimentos profundos sobre criação narrativa.

Um livro de memórias precisa ter alma própria. É importante que, ao olhar para trás, você não trate seu passado como uma sequência de eventos isolados, mas que busque entender como cada um deles contribuiu para sua formação, suas escolhas, e os rumos que sua vida tomou. É preciso escrever com essa perspectiva do todo.

Costurando a memória

Afinal, para transmitir a complexidade de uma vida, devemos fazer o leitor descobrir aos poucos quem é o narrador ou a narradora desta história, como uma cortina que se abre lentamente e revela uma paisagem. Para isso, é necessário não apenas um conteúdo factual instigante, mas, sobretudo, uma apurada técnica narrativa de costura dos acontecimentos.

Ou seja, não basta ter uma vida interessante, é preciso saber contar esta história da melhor maneira possível de modo a fisgar o leitor. E lembre-se que é possível conversar com ele, contar fragilidades, ser irônico, cômico etc.; todas essas alternativas são viáveis para capturar a atenção deste desconhecido.

Solidez e propósito

Ao fazer esta retrospectiva da sua vida, pense: de que forma o acidente de bicicleta que quebrou sua perna aos onze anos lhe ensinou uma valiosa lição? Como foi a experiência de ter seu coração partido pelo primeiro namoradinho da escola? Como foi equilibrar a pressão familiar por escolher uma graduação que desse dinheiro, e suas próprias aspirações pessoais? De que forma a maternidade transformou sua perspectiva sobre o mundo? Como foi lidar com a morte de seu pai?

Conectar-se com as próprias emoções ao longo da sua jornada de vida é fundamental, assim como tentar desvendar o que estas etapas representaram, construindo uma unidade narrativa sólida e com propósito. Claro que também é possível deixar algo de fora; fazer essa “edição” da vida é um dos grandes pontos positivos de escrever um livro.

Não se trata de bancar um detetive do próprio passado e tentar juntar as peças como um quebra-cabeça, mas sim de buscar nas memórias um sentido que justifique aquele livro, o que passa tanto pela razão quanto pela emoção, e transmitir isto em seu texto.

Guardando o que vale a pena

Até porque, é bom ter em mente que a memória não representa os fatos como eles ocorreram de verdade, mas uma projeção da sua mente sobre eles, uma espécie de seleção inconsciente daquilo que acabou por ser preservado. Como disse o jornalista e escritor uruguaio, Eduardo Galeano: “A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais do que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.”.

Nós do Álbum de Memórias acreditamos que a vida de qualquer pessoa pode ser profundamente interessante, quando bem contada. Somos ghostwriters especializados em escrever livros de memórias e autobiografias.

Caso queira registrar a sua vida em um livro com uma narrativa profissional e instigante, fale com a gente.

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    • Lelite Silva e Almeida
      08 setembro, 2024

      O texto fácil compreensão, estou pensando em escrever minhas memórias,na verdade sempre quis fazer um diário,mas não fiz,preocupada de alguém lê e, invadir a minha privacidade.Mas já idosa estou nessa fase de "lembranças do passado" às vezes vem de repente, daí surgiu a vontade de organizar, às minhas lembranças.