Chat-GPT e Inteligência Artificial não é ghostwriting

Chat-GPT e Inteligência Artificial não é ghostwriting

Desde o ano passado, com o ChatGPT e outras ferramentas de Inteligência Artificial disponíveis no mercado, muitas pessoas passaram a utilizá-las também para elaborar textos. Mas elas realmente criam material escrito? Para início de conversa, você sabia que ChatGPT e ferramentas semelhantes não são exatamente “Inteligências Artificiais” no sentido amplo do termo?

Quando pensamos em IA, o significado mais conhecido deriva dos filmes de ficção e da literatura, aquela ideia de máquinas que podem raciocinar individualmente a partir de uma grande base de dados, com certa capacidade de criação semelhante ao humano. Contudo, ChatGPT e outras ferramentas, atualmente, são programas que elaboram suas tarefas a partir de material já existente, no caso, o que está disponível na Internet.

Quando se trata de texto, por exemplo, ChatGPT e demais IA’s “leem” o que está disponível na internet e reescrevem ou reelaboram de acordo com a intenção do usuário. Ou seja, elas não estão criando algo novo, mas utilizando textos que já existem e reordenando-os de formas diversas, a fim de criar um derivado do material original.

Grande risco de plágio

Não por acaso, textos criados por inteligências artificiais têm grande perigo de serem descobertos como plágio. E plágio é crime. A violação de direitos autorais (ou seja, quando não é citado o autor original) está no artigo 184 do Código Penal e a punição pode variar de multa a até quatro anos de cadeia.

Inteligência Artificial não conta a história da sua vida

Então se a IA não cria textos originais, mas os reelabora a partir do que já existe, da mesma forma, é falsa a ideia de que é possível, a partir do ChatGPT, escrever a história da própria vida. Acreditamos que cada pessoa tem algo a contar que é único, que apenas ela experimentou ou vivenciou. E essa singularidade não está na internet. Assim, qualquer tentativa da IA de contar essa história não passa de superficial ou, mesmo, imprecisa.

Por isso a melhor forma de escrever sobre a sua vida, carreira, aprendizados ou aquela essência que o/a define, ainda é a busca por profissionais qualificados e com experiência.

Contar a história de alguém ou de uma família não é algo mecânico ou linear, mas cheio de nuances, com entrelinhas, expectativas, “histórias dentro de histórias”, que só o trabalho de profissionais consegue captar, para depois refletir sobre eles e finalmente escrevê-los. Escrever sobre a vida real e também a ficção ainda é uma atividade humana.

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