Carnaval na Literatura – A maior festa popular brasileira nas páginas dos livros

Carnaval na Literatura – A maior festa popular brasileira nas páginas dos livros

O Carnaval brasileiro é muito mais do que uma festa religiosa. É a catarse coletiva anual de um povo, a celebração de uma cultura popular que mistura ritmos e batuques de origem africana, com um folclore autenticamente brasileiro.

Nada mais natural que essa grande celebração, que ganha diferentes contornos a depender da região do país onde acontece, fosse retratada também na literatura.

Por isso, selecionamos 5 obras literárias, entre romances e não ficção, que retratam sob diferentes ângulos a festa popular mais amada pelo brasileiro. Vamos a elas!

O País do Carnaval (Jorge Amado)

Publicado em 1931, é o romance de estreia do autor baiano, que tinha apenas 18 anos. Conta a história de Paulo Rigger, um rapaz rico que mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval; ele acredita que a festa mantém o povo alienado. O romance aborda temas como racismo, cultura popular e atuação política.

Carnavais, Malandros e Heróis (Roberto DaMatta)

O que torna a sociedade brasileira diferente e única? Para Roberto DaMatta, tanto o Carnaval quanto seus malandros e heróis, são criações sociais que refletem os problemas e dilemas básicos da sociedade que os concebeu. Mito e rito são, assim, dramatizações ou maneiras de chamar a atenção para certos aspectos da realidade social dissimulados pelas rotinas e complicações do cotidiano.

O Corpo Encantado das Ruas (Luiz Antonio Simas)

Uma obra que reivindica a riqueza dos saberes, práticas, modos de vida, visões de mundo das culturas que não podem ser domados pelo padrão canônico. Dá um olê na historiografia oficial. Aqui, tambor e livro são tecnologias contíguas. Uma referência sobre a cultura popular brasileira escrita em crônicas, textos curtos e de observação, do historiador Luiz Antonio Simas.

Carnaval no Fogo (Ruy Castro)

Uma apaixonada crônica de Ruy Castro sobre o Rio de Janeiro. “Carnaval no fogo” retrata a cidade como um palco de perigos e prazeres desde 1502, quando Américo Vespúcio lhe deu o nome. O autor faz um misto de narrativa, ensaio, história e conversa fiada sobre uma cidade com excitante vocação para o épico.

A Subversão pelo Riso (Rachel Soihet)

O carnaval carioca de 1890 a 1945 é o objeto da reflexão da autora. Rachel Soihet busca mostrar a participação dos populares nesta festa, como uma forma de resistência aos grupos hegemônicos da Primeira República. Através das Escolas de Samba, os populares garantiram a persistência de suas formas de expressão, bem como sua difusão e entrelaçamento com a cultura dos demais segmentos.

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