Apesar dos smartphones, ipads, tablets e afins, muitas pessoas ainda têm o costume de registrar com papel e caneta tudo aquilo que vivenciam durante o dia. Nesses casos, a prática da escrita de diários, mais do que um hábito, faz parte de uma espécie de rito onde a pessoa se enxerga e se sente livre para falar sobre as próprias memórias, acontecimentos e fatos curiosos que presenciou. Mais do que um pequeno caderno de memórias, o diário funciona como um espelho metafórico que registra o crescimento e amadurecimento de quem o escreve e guarda.
Para quem escrevo?
Comum nos séculos XIX e XX, escrever diários é sempre escrever de você para o desconhecido. É claro que esse desconhecido pode ser você mesmo na próxima semana, como quando a gente se esquece do que viveu ou sentiu em uma experiência singular. Pode ser justamente esse o propósito do diário: registrar suas experiências, desejos, sentimentos, fatos ocorridos e tudo mais o que desejar, para que possa ler mais adiante, como forma de rememorar.
Vale desenhar na página toda, colar coisas, dobrar as folhas para esconder segredos; o diário é uma memória física que por vezes assume o perfil do dono. Por isso mesmo, não pode ser lido por todos. Escrever um diário é algo íntimo. Como uma forma de autobiografia, o conteúdo do diário é revelado apenas a quem o dono autoriza. Afinal, imagina se os seus pensamentos pudessem ser lidos por todos?
Diário de viagens
Além dos registros pessoais, os diários também podem servir a interesses passageiros, como um diário de viagens, por exemplo. Antes de viajar, compre um caderninho e registre cada dia de uma viagem fabulosa em escritos que com certeza não serão capturados por fotos. Una as duas coisas – fotos e texto – e terá algo realmente interessante para mostrar aos amigos e familiares. Lembrando que você pode adicionar ao diário de viagens ingressos e folders de locais visitados, rótulos de produtos daquela viagem, enfim, tudo que lembre o local visitado.
Exemplos na literatura
Por ser uma forma de escrita íntima, o diário também aparece na literatura colocando o leitor na pele do personagem. Bons exemplos de livros escritos como diários são os clássicos “Frankenstein”, de Mary Shelley; “Os sofrimentos do jovem Werther”, de J. W. Goethe; e mais contemporâneos como “Garota exemplar”, de Gillian Flynn; “Diário de um ano ruim”, de J. M. Coetzee; e o nacional “A Noite da Espera”, de Milton Hatoum. Todos são boas indicações de leitura.
Transformando seu diário em algo duradouro
E é claro, se você tem um diário, pode também transformar esta obra íntima em algo profissional, destinado aos amigos e familiares e até ao público em geral. Nós do Álbum de Memórias trabalhamos com isso. Com nossa expertise de jornalismo e literatura, conseguimos transformar suas memórias em livros, preservando a sua intimidade (se você desejar) e escrevendo a história que você quer compartilhar. Fale com a gente e transforme seu registro íntimo em uma recordação duradoura.
Até a próxima!